quinta-feira, 1 de março de 2012

Liturgia do dia


Evangelho (Mateus 7,7-12)
Quinta-Feira, 1 de Março de 2012
1ª Semana da Quaresma



— O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7 “Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! 8 Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate a porta será aberta.
9 Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? 10 Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? 11 Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem!
12 Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Liberdade religiosa é ameaçada no mundo, enfatiza Bento XVI


O Papa Bento XVI disse que a autêntica liberdade religiosa permite que o ser humano possa se realizar plenamente e de tal modo contribuir para o bem comum da sociedade.
Em mensagem enviada à Presidente da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, Mary Ann Glendon, divulgada nesta quarta-feira, 4, pelo Boletim da Santa Sé, Bento XVI destaca que “as raízes da cultura cristã no ocidente continuam profundas”, o que possibilitou a geração de uma “cultura que deu vida e espaço à liberdade religiosa e continua a nutrir a liberdade religiosa e de culto, constitucionalmente garantidas”.
Mas infelizmente - lembrou o Santo Padre - os direitos humanos fundamentais estão sendo ameaçados por ideologias que impedem a liberdade de expressar uma religião. Consequentemente, o desafio de defender e promover o direito à liberdade de religião e à liberdade de culto deve ser colocada uma vez mais como uma luta na atualidade.

“Naturalmente, cada Estado tem o direito soberano de promulgar sua legislação e de exprimir diversas atitudes relacionadas à religião dentro da Lei. Assim, existem alguns Estados que permitem ampla liberdade religiosa, em nossa compreensão do termo, enquanto outros a limitam por uma série de razões, incluindo a defesa da própria religião”, destacou o Pontífice. 

A Santa Sé, recordou Bento XVI, continua a requisitar o reconhecimento do direito fundamental à liberdade religiosa por parte de todos os Estados, chamando-os a respeitar e se necessário proteger as minorias religiosas, aspirando viver com todos seus cidadãos pacificamente, para que eles possam participar plenamente da vida civil e política, beneficiando a todos. 

Liberdade religiosa: direito fundamental

O Concílio Vaticano II, ciente dos acontecimentos culturais e sociais, promoveu uma interpretação antropológica da liberdade religiosa, declarando que todos os povos “por sua própria natureza e por obrigação moral tendem a buscar a verdade, especialmente religiosa”. Assim, o Papa enfatiza que a liberdade é um direito de cada pessoa e que essa deve ser protegida e promovida pelo direito civil. 
O Santo Padre disse ainda ter muita esperança que os especialistas dos diversos campos – legislativo, político, sociológico e econômico – convocados pela Academia das Ciências Sociais, possam chegar a conclusões desses importante questionamentos. 
A Pontifícia Academia das Ciências Sociais esteve reunida nos últimos 50 dias no Vaticano para debater tais questões que envolvem os direitos universais e a liberdade religiosa dentro do contexto geopolítico atual considerando os conflitos ideológicos e culturais e os crescentes riscos da violação da liberdade religiosa no mundo.
Em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 4, a presidente desta pontifícia academia, fundada em 1994 por João Paulo II, Mary Ann Glendon, destacou que a assembleia chegou a conclusão de que existem quatro tipos de violação da liberdade religiosa: a coação e a perseguição de fiéis; as restrições à liberdade religiosa das minorias; a pressão social sobre as minorias religiosas; e ainda a redução da liberdade pelo crescente fundamentalismo secular nos países ocidentais, que vêem os cristãos como uma ameaça ao secularismo e políticas liberal-democrático.
"70% da população mundial vive em países que impõem fortes restrições no plano da liberdade religiosa e de culto. E o risco maior hoje é o desejo de restringir a liberdade na esfera privada”, enfatiza Mary Ann Glendon.

Nicole Melhado
Da Redação, com Boletim da Santa Sé (Tradução equipe CN Notícias)